Nazca

Os melhores pontos turísticos

Nazca – Peru. Fonte: Diego Delso.
Nazca – Peru. Fonte: Diego Delso.

Conhecer Nazca ou Nasca significa viajar no mais profundo da história da civilização. De fato, é conhecer uma sociedade que surgiu muito antes da era Cristã, de caçadores nômades e coletores, povos antigos que deixaram um enorme legado de história e cultural. A impressão é que o tempo parou na pré-história. Então, isso você não deve perder.

Pois, é nesse lugar que você irá conhecer os estranhos desenhos geométricos em forma de animais gigantes como pássaros, macacos e outros. Acima de tudo, Nazca fascina com seus aquedutos subterrâneos que são utilizados até os dias atuais.

Assim sendo, queremos te mostrar os melhores pontos de Nazca e esperamos que você possa deleitar-se nesse lindo lugar.

Como chegar

Nazca está localizada a 450 km da capital Lima, e se situada dentro de um vale estreito, as margens do rio Aja, na região Ica.  O meio tradicional de chegar à cidade é o terrestre.  Uma das opções para viajar a cidade, é ir até à rodoviária e embarcar em algum ônibus das empresas locais. As viagens duram em média 7 horas e os ônibus são confortáveis e com serviço de refeição a bordo.

Você também pode ir de excursões já contratadas em ônibus turísticos que saem a partir de Lima, Cusco, Arequipa. Entretanto, é bom saber que se você viaja de dia poderá testemunhar uma paisagem única. De um lado há o deserto e do outro há o mar do Pacífico.

Quando ir

Nazca é um dos recintos mais secos do planeta Terra. Para que você tenha uma ideia, a cidade está dentro de um imenso deserto, com uma precipitação anual de apenas 4 mm, onde as temperaturas giram entre 10° a 32° C. Então, qualquer época do ano é o ideal.

Agora, o que você não pode esquecer para essa viagem é o filtro solar, o boné e os óculos escuros, pois, em Nazca o sol reina praticamente durante todo o ano.

As linhas de Nazca

Linhas de Nazca. Fonte: Bruno Girin.
Linhas de Nazca. Fonte: Bruno Girin.

As ilustres linhas de Nazca são antigos geóglifos no deserto da localidade, declarados como Patrimônio Mundial, em 1994, pela UNESCO. Estudos arqueológicos descrevem que essas as linhas foram criadas pela cultura de Nazca entre 500 a.C. e 500 d.C.  Dessa maneira, desde 1927 quando se descobriram os primeiros desenhos, até a atualidade, estudiosos continuam encontrando as diferentes formas de linhas como, por exemplo, pássaros, peixes, macacos, árvores e figuras humanas.

O que realmente impressiona são as complexidades das figuras e os tamanhos que chegam até 370 m de comprimento. Aliás, é essa grandeza que faz com que seja necessário afastar-se do chão para poder conhecê-las em sua totalidade.

Inegavelmente, o melhor ponto de observação das linhas de Nazca, é o céu.  Para isso, a cidade conta com excursões em pequenos aviões que realizam voos de mais ou menos 30 minutos. Esse é um passeio incrível e que permite tirar fotos espetaculares.

No entanto, existe outra opção, que mesmo não proporcionando vistas imbatíveis das majestosas linhas, possibilitam ter a noção do que são as figuras geométricas expostas. Dessa maneira, existe uma torre de observação que está na rodovia Pan-americana que você pode ir de ônibus, carro particular, táxi. Também, estão os mirantes naturais nos arredores que te permite ver algumas das linhas.

Aquedutos de Cantalloc

Aquedutos subterrâneos de Cantalloc – Nazca. Fonte: Diego Delso.
Aquedutos subterrâneos de Cantalloc – Nazca. Fonte: Diego Delso.

De acordo com a história de Nazca, a cidade chegou a ter mais de 46 aquedutos construídos pela cultura Nazca a aproximadamente 1.500 anos, como parte de um sistema chamado de “Puquios”. A importância dos aquedutos era de abastecer com água a cidade e vizinhança, principalmente para seu uso agrícola.

Atualmente 32 dos aquedutos estão em funcionamento e impressionam aos amantes da engenharia hidráulica por ser um modelo construído com pedras e troncos de árvores, em forma espiral até o subsolo como meio de obter água subterrânea. Um lugar único onde os turistas vão para tirar fotos nos diferentes níveis dos aquedutos.

Ruínas de Cahuachi

Também conhecida como pirâmides de Cahuachi ou a cidade perdida de Cahuachi, esse sitio arqueológico impressiona por ter sido em sua época um lugar sagrado. Neste local viviam os que era considerado como os mais importantes da casta religiosa da cultura Nazca e onde se realizavam sacrifícios humanos.

As ruínas estão localizadas a 28 km do centro de Nazca, e trata-se de um conjunto de pirâmides e outras construções antigas em uma área de 24 km, que datam do período de 400 a.C. até 400 d.C. Ademais, nesse lugar, você pode conhecer a Grande Pirâmide. Local onde as escavações encontraram restos humanos, como cabeças que eram oferecidas como troféus.

Também a poucos metros desse lugar, você poderá visitar o Grande Templo, onde arqueólogos encontraram relíquias importantes como múmias. Além disso, há o Tempo Escalonado, uma construção geométrica em forma de escada.

Cemitério de Chauchilla

Como o vale de Nazca é um reduto de grandes descobertas arqueológicas, não poderia faltar o Cemitério de Chauchilla de 1000 d.C. Ele impressiona pela quantidade de restos arqueológicos e antropológicos relacionados a cultura Inca e Poroma, povos originários da região.

O cemitério é um museu ao ar livre com várias tumbas com restos humanos encontrados. É surpreende encontrar núcleos funerários agrupados com objetos fúnebres e oferendas ritualistas e principalmente o estado de conservação das múmias devido ao clima seco. Um passeio realmente impressionante!

Los Paredones

Da mesma forma, Los Paredones de Nazca é outro sítio arqueológico que encanta com toda sua história. Essas ruínas estão situadas a 2 km do centro de Nazca, sendo um cenário de construções de pedras e barro no meio do deserto. Ele teve o papel de ligar o Litoral a região montanhosa. Dessa maneira, foi a residência do representante de Cusco no período de 1471 a 1493.

Atualmente as ruínas representam o que antes foi um centro administrativo, com depósitos, centros policiais, igrejas, praças entre outras construções que estão cobertas de fragmentos cerâmicos, tumbas e outros objetos arqueológicos.

Cerro Blanco

Cerro Blanco, Nazca. Fonte: Medhus, Flickr.
Cerro Blanco, Nazca. Fonte: Medhus, Flickr.

O Cerro Blanco, ou em português, Morro Branco trata-se da maior duna da América do Sul e uma das maiores do mundo (2078 metros).  Está localizado a 20 km da cidade, sendo considerado como um dos melhores lugares para praticar o Sandboar, um esporte radical realizado em dunas de área.

Para aqueles que gostam de fotos de tirar o folego, as dunas de Cerro Blanco se convertem em um lugar ideal. No entanto, vale ressaltar que nesse lugar você não deve esquecer de tomar água e levar o filtro solar.

O centro da Cidade

Ademais dos sítios arqueológicos e da paisagem alucinante, é valido conhecer o centro de Nazca para entender toda uma cultura que foi determinante para o crescimento dessa região.  Por certo você poderá visitar o Museu Arqueológico Antonini, o Museu Municipal, a Casa Museu Maria Reiche, a Plaza das Armas e muito mais.

O Museu Arqueológico Antonini

No Museu você vai poder conhecer o que foi o Proyecto Nazca, realizado entre 1982-2011. O interessante, é a explicação de como foram realizadas as descobertas arqueológicas, como as peças, múmias, entre outras. O acervo é grande e muito bem cuidado. Ou seja, é uma verdadeira aula de história.

Museu Municipal e Praça das Armas

Praça de Armas. Nazca. Fonte: Incalian, Flickr.
Praça de Armas. Nazca. Fonte: Incalian, Flickr.

O Museu está situado na Praça das Armas e tem como atrativos turísticos a exposição de variados objetos da cultura Nazca, Chinca e Tiahuanuco como, por exemplo, tecidos, metais, ossos e madeiras. É um interessante lugar para visitar.

Casa Museu Maria Reiche

Maria Reiche foi uma matemática e arqueóloga peruana de descendência germânica. Ela dedicou sua vida a pesquisar sobre as Linhas de Nazca. O atual museu foi a casa onde viveu por muitos anos. Foi concedida pelos proprietários das terras, para que a arqueóloga pudesse ficar mais perto e facilitar seu serviço.

Nesse lugar é possível conhecer suas ferramentas de trabalho e suas explicações sobre as Linhas de Nazca. Sem dúvida, o turista ficará fascinado com a determinação e amor que Maria Reiche dedicou a sua pesquisa.

Onde comer

A gastronomia de Nazca é uma grande mistura entre a comida dos povos originários, espanhola e africana. Nesse sentido, os pratos são bem variados como feijão com pimenta, sopas, macarrão temperados, entre outros. De fato, também possui uma importante variedade de pratos à base de peixes e mariscos, como o famoso ceviche. Para a sobremesa, Nazca é representada pelo doce “Las Tejas” feito com limão seco, figos recheados com manjar branco e chocolate.

Sendo assim, apresentamos 3 restaurantes onde se pode saborear as iguarias da comida peruana.  Primeiramente sugerimos o Mamashana Cafe Restaurante, que está situado na rua principal da cidade. Ele possui uma boa variedade de pratos, um bom atendimento e preços razoáveis.

Em segundo lugar, sugerimos o La Maison Blanche. Ele possui um ambiente muito agradável e uma saborosa comida como, por exemplo, o espaguete com camarão. O atendimento é excelente e os pratos abundantes.

Por fim, sugerimos o restaurante Polleria Orlando, que é uma opção barata e ótima para aqueles que querem economizar.  A comida é boa. Como sugestão, indicamos comer o frango Assado, com molho verde.

Esperamos que não esqueça de Nazca em sua viagem ao Peru. Uma cidade exuberante e que fascina com seus sítios arqueológicos.