Mariana

História pura a cada esquina!

Mariana. Fonte: Fabiano Kron.
Mariana. Fonte: Fabiano Kron.

Foi em Mariana que todo esplendor colonial mineiro nasceu. Cidade e capital do estado de Minas Gerais, Mariana é história pura a cada esquina. Foi a primeira vila, a primeira capital do estado, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada. Erguida entre lindas montanhas, a cidade faz parte do Circuito do Ouro e está na rota do Diamante, que liga Diamantina a Ouro Preto. Mariana possui uma grande importância histórica, atraindo muitos turistas com seus casarios coloniais, igrejas e artesãos. Conhecer as principais atrações de Mariana não requer dificuldade. Dá pra você deixar o carro parado e circular a pé pelo extraordinário Centro Histórico. Pegue o automóvel apenas para conhecer a Igreja Basílica de São Pedro dos Clérigos, no alto do Centro Histórico, e a Mina de Ouro da Passagem, na saída para Ouro Preto.

Principais Pontos Turísticos de Mariana! 

Se você procura o que visitar em Mariana, este é o roteiro ideal para você conhecer um pouco da cidade. O centro histórico reserva lindas paisagens,  e passear pelas ruas é reviver um pouco da história e do passado.

  • Praça Minas Gerais
Praça Minas Gerais. Fonte: Wikimedia.
Praça Minas Gerais. Fonte: Wikimedia.

Um dos principais cartões postais da cidade e pontos turísticos mais visitados, a Praça de Minas Gerais é um dos mais belos exemplos do urbanismo barroco do Brasil. Rodeada por um conjunto cênico arquitetônico formado pela Casa da Câmara Municipal e Cadeia, Pelourinho e as igrejas Nossa Senhora do Carmo e São Francisco. A Praça Minas Gerais traz um combo de atrações uma ao lado da outra. As igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo, construídas no século XVIII, logo em frente está o Pelourinho, onde eram castigados os infratores da época e do outro lado da rua fica a Casa de Câmara e Cadeia, atual Câmara de Vereadores, que tem na fachada um medalhão de pedra-sabão com o símbolo da coroa portuguesa.

As igrejas foram erguidas quase ao mesmo tempo, no final do Século XVIII. As irmandades de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo, associações religiosas formadas por membros da classe alta construíam essas igrejas para demonstrar o seu poder e influência, disputando espaços nobres como o da Praça Minas Gerais. Uma Igreja rica e bonita dava status e poder para as irmandades e consequentemente para as famílias a elas pertencentes.

  • Igreja de São Francisco de Assis
Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fonte: Ronaldo Caldas.
Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fonte: Ronaldo Caldas.

Sua construção se iniciou em 1763 e teve elementos esculpidos e talhados por Aleijadinho, além de pinturas de Manoel da Costa Athayde, respectivamente, maiores escultor e pintor de arte colonial brasileira. À época que a igreja foi construída, Mariana vivia o ápice da sua história, por isso a magnitude da construção em diversos sentidos (tamanho, detalhamento, peças de ouro). A construção é um marco religioso, social, artístico da cidade e do estado. Manoel da Costa Ataíde está enterrado nesta igreja.

  • Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fonte: Pedro Vilela/MTur.
Igreja Nossa Senhora do Carmo. Fonte: Pedro Vilela/MTur.

Teve sua construção iniciada em 1784. Destaca-se das outras igrejas da cidade pela fachada, com florões na portada e torres cilíndricas, o que lhe dá um ar soberano e a primazia na arte e no belo. Foi erguida pelos irmãos da Ordem Terceira do Carmo. Em seu interior, os altares são em talha, no estilo Rococó. O projeto foi do padre Félix Antônio Lisboa, meio‐irmão de Aleijadinho. A igreja só recebeu o dourado em 1826 num projeto de Francisco Xavier Carneiro.

  • Pelourinho
Casa de câmara e cadeia. Fonte: Wikimedia.
Casa de câmara e cadeia e pelourinho. Fonte: Wikimedia.

Localizado em frente à Câmara Municipal, o Pelourinho consiste em um símbolo de justiça e autonomia do município, indicados pela balança, espaça e o brasão da Coroa Portuguesa. O globo localizado na parte superior representa as conquistas marítimas portuguesas. Símbolo do poder do Estado e lugar de punições públicas para criminosos ou escravos.  Com o fim da escravidão, a maioria dos pelourinhos do Brasil foi destruída, já que remetiam a uma memória dolorosa que deveria ser superada. O pelourinho original de Mariana foi construído em 1750 e derrubado em 1870, próximo ao fim da escravidão no Brasil. Em 1970, mesmo sendo de necessidade bastante questionável, um novo pelourinho foi construído para restaurar a memória daqueles tempos.

  • Câmara Municipal e Cadeia

O lugar abrigava a Câmara de Mariana e também a cadeia da cidade. No andar de baixo ainda é possível ver grades originais das celas. A Câmara de Mariana é a mais antiga de Minas Gerais, sendo fundada em 1711, ano em que o Arraial do Carmo foi elevado à Vila. Sua primeira eleição ocorreu em 4 de julho deste mesmo ano, data em que é comemorada o aniversário da Câmara. A casa da Câmara e Cadeia teve sua obra realizada na segunda metade do Sec. XVIII. Atualmente consiste na sede da Câmara Municipal. Nos fundos, localiza-se a Capela do Senhor dos Passos, construída em 1793.

  • Catedral Basílica da Sé

A Catedral Basílica da Sé ainda é uma das igrejas mais ricas do Brasil, com lustres de cristal e altares cheios de ornamentos.  A basílica considerada uma das mais ricas do Brasil, foi construída no século XVIII. Vista por fora, parece bem simples, contudo, por dentro impressiona pela riqueza. A Catedral possui fachada com traços sóbrios, um corpo central e dois campanários laterais, uma porta centralizada e três janelas de verga reta no piso superior, e um frontão triangular de arremate.

Segundo John Bury, seu estilo remete à arquitetura chã, uma variante do Maneirismo português, estilo que foi o mais comum na primeira fase construtiva da arquitetura sacra em Minas Gerais. A igreja fica na praça Cláudio Manoel. “Aleijadinho” deixou a sua contribuição para esta igreja com algumas obras.

  • Passear pela Rua Direita

A Rua Direita é uma graça! A rua recebe este nome pois nela moravam as pessoas direitas, ou seja, pessoas com prestígio na cidade. De acordo com as normas da época, de um lado da rua só podiam ser construídas casas mais luxuosas, com dois pavimentos e do outro, casas de apenas um pavimento. Caminhar pela Rua Direita é viver uma história, voltar no passado e conhecer um pouco do modo de vida de nossos antepassados, seus dias, sua locomoção, como eram suas habitações e suas casas lado a lado e seguras. Parte do Centro Histórico de Mariana, esta rua de pedras com seu casario bem cuidados, nos transportam ao período colonial do Brasil. Hoje nesta rua, há instalado nos casarios, comércio, correios, hotel, etc.

  • Basílica de São Pedro dos Clérigos

Um dos pontos mais altos de Mariana onde você pode desfrutar de uma linda vista da região. O bairro é muito tranquilo e conta com alguns guias locais que tem bons conhecimentos da história regional. A Igreja fica no alto de uma colina e se destaca por sua fachada, diferente das demais por possuir um plano em redondo, característica italiana revolucionária para a época. O monumento é muito bem conservado e é possível subir até sua torre, de onde é possível ter uma vista panorâmica. Detalhes no altar e esculturas em cedro vermelho chamam a atenção. É um importante templo católico barroco da cidade. Foi construída pela irmandade de São Pedro dos Clérigos, composta de padres seculares. O templo foi fundado em 1731, sob os auspícios do Bispo Dom Manuel da Cruz.

  • Capela Nossa Senhora da Boa Morte

Construída na segunda metade do século XVIII, a capela fica localizada no antigo Seminário Menor, que atualmente pertence ao Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto.

  • Seminário São José

O Lugar é convidativo ao estudo e à contemplação. No interior do seminário, longos corredores, salões espaçosos, a rica biblioteca com sua preciosa seção de obras raras e a aconchegante e bela capela de São José preservam a memória de um tempo glorioso.

  • Igreja do Rosário

Erguida por escravos em 1752, possui altares esculpidos português Francisco Vieira Servas e o forro da capela-mor de autoria de Manuel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde. Recentemente, durante o processo de restauro da igreja foram encontradas duas pinturas que podem ser atribuídas ao Mestre Ataíde ou à seu filho Francisco de Assis Pacífico da Conceição.

  • Museu da Música

A instituição recebe pesquisadores interessados no repertório e história musical mineira e brasileira, sedia um módulo expositivo para visitantes, oferece cursos e realiza eventos e projetos científicos, sociais, culturais e educacionais na área de música, com ênfase no patrimônio histórico-musical brasileiro, especialmente mineiro.

  • Museu Arquidiocesano de Arte Sacra 

A Casa Capitular, onde está instalado o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Mariana, é um dos mais belos edifícios Rococós do Brasil, com sua construção datada do final do século XVIII e início do XIX. O edifício de 1770 do Museu de Arte Sacra se encontra na Categoria de Acervo Histórico e Artístico, tendo como temática a Arte Sacra criada em Minas Gerais no período áureo do Barroco Mineiro. O museu abriga uma impressionante coleção de obras de arte sacra no período auge do barroco em Minas Gerais, entre as peças mais importantes estão um banco do Rei Dom João V e uma túnica de D Pedro II. O museu conta ainda com peças oriundas das Igrejas, Capelas, Seminários e Palácio Episcopal, bem como doações e legados.

Passeios Imperdíveis! Não deixe de conferir!

  • Mina da Passagem

A Mina da Passagem é a maior mina de ouro aberta à visitação do mundo e guarda segredos e mistérios que encantam a todos. São 120 metros de profundidade com inúmeros labirintos e galerias subterrâneas onde podemos encontrar um maravilhoso lago natural. Começou a ser explorada em 1819, e só foi desativada em 1985 – estima-se que 35 toneladas de ouro foram retiradas. Pode ser explorada em uma vagoneta que corre sobre os trilhos, carrinhos usados por mineiros. O passeio tem guia contando curiosidades sobre a mineração na região e termina num bonito lago subterrâneo.

    • Passeio de Maria Fumaça até Ouro Preto no Trem da Vale 

    O Trem da Vale recuperou o trecho ferroviário entre Ouro Preto e Mariana. A tradicional Maria-Fumaça voltou aos trilhos mais moderna, puxando uma composição móvel que inclui um vagão panorâmico, especialmente adaptado para receber uma estrutura transparente que permite uma vista excepcional da paisagem. O formato e a decoração da parte interna dos vagões seguem o estilo do século XIX, fator que contribui com o charme da experiência. O passeio que divide as duas cidades históricas percorre 18 quilômetros e durante o passeio, o turista é levado para aquela típica imagem interiorana de Minas que todos conhecem de ouvir falar, mas poucos já viram assim de perto. Estão lá as montanhas, os pequenos riachos no meio dos bosques, aquelas igrejinhas antigas escondidas na floresta, os campos enormes por onde o gado, em bando, caminha pacientemente enquanto se alimenta de grama verde. A ferrovia também se aproxima de grandes penhascos (cânions), o que torna a aventura ainda mais emocionante e acaba rendendo fotografias incríveis. O trajeto de 18 quilômetros já é o suficiente para transportar o turista para uma experiência mágica por entre paisagens belíssimas através desse meio de transporte centenário.

  • Estação Ferroviária de Mariana

Antes de fazer o Passeio de Maria Fumaça até Ouro Preto, você precisa visitar o museu que fica na estação de Mariana. Muito bonita, conservada e com um visual chamativo, com suas velhas locomotivas ali, pertinho de você para tirar suas fotos e guardar de lembrança. A estação da cidade histórica de Mariana foi inaugurada em 1914, quando foi aberto o prolongamento do ramal, de Ouro Preto até essa cidade. A estação foi totalmente revitalizada e hoje também é um dos Pontos Turísticos de Mariana, e funciona também como uma biblioteca e mídia para a população.

Gastronomia em Mariana! Comida Típica irresistível! 

Pode-se dizer que cada receita mineira tem certo sabor de história: algumas remontam à época dos escravos, outras remetem ao Ciclo do Ouro, tudo isso temperado com influências indígenas, portuguesas e africanas.

O feijão de tropeiro, mistura de feijão cozido, farinha de mandioca e linguiça, era a alimentação básica dos tropeiros que transportavam mercadorias em lombo de burro. A galinha caipira com quiabo e angu, herança indígena, era usada para alimentar os escravos. A lista atual de delícias segue quase interminável. Os acompanhamentos clássicos são torresmo (pele de porco frita), couve e angu (mistura de fubá com água). Os doces caseiros (de leite, goiaba, abóbora ou mamão) costumam fazer par com uma fatia de queijo branco.

  • Bistrô Restaurante

Ótima opção para jantar com família ou amigos. Servem ótimos tira-gostos além de uma pizza bastante recheada. Ambiente bem agradável.

  • Botequim São Pedro

Ótimo lugar para tomar uma cerveja artesanal e comer alguns tira-gostos durante a noite. Fica ao lado da Igreja São Pedro. Serve comida japonesa.

  • Restaurante Rancho da Praça

Localizado em uma charmosa pracinha típica de interior, o restaurante Rancho da Praça, conta com um salão amplo e bem ventilado. Possui um buffet variado com saladas e comidas típicas da região.

  • Restaurante Lua Cheia

O restaurante serve um buffet de comida mineira, muito saboroso. Comida com grande variedade, pratos quente e deliciosos. Ambiente arejado e super aconchegante.